O "pacto colonial" foi um sistema que vigorou durante vários séculos, em que as potências coloniais europeias impuseram uma série de restrições comerciais às suas colônias, limitando a sua capacidade de produzir e comercializar bens. Este sistema tinha como objetivo principal garantir o monopólio do comércio colonial para as potências europeias, criando assim uma enorme dependência dos colonizados em relação aos colonizadores. No caso de Portugal, o pacto colonial teve grande importância na sua estratégia colonial e foi implementado em todos os seus territórios ultramarinos, incluindo o Brasil. Sob este sistema, Portugal impôs uma série de restrições comerciais ao Brasil, obrigando-o a exportar apenas produtos refinados (como açúcar e tabaco) e a comprar produtos manufaturados do próprio Portugal. Esta situação gerou uma enorme desigualdade econômica entre as duas nações, proibindo o Brasil de se desenvolver como um país industrializado e gerando grande riqueza para Portugal. Além disso, o "pacto colonial" também contribuiu para o desenvolvimento do comércio de escravos no Brasil, uma vez que a demanda por mão-de-obra escrava era muito alta. No entanto, ao longo dos séculos XVIII e XIX, o "pacto colonial" começou a ser contestado pelos colonizados, que passaram a se revoltar contra as restrições comerciais impostas pelos colonizadores. Esta pressão acabou por levar ao fim do "pacto colonial" e abriu as portas para um novo período na história das relações comerciais entre as nações colonizadoras e colonizadas.
